OPERADOR DE TELEMARKETING...QUEM MERECE?

Esta gente de telemarketing é um pé no saco.

Ô gente chata, pentelha, que insiste em nos convencer que uma coisa é boa,

que precisamos dela, que vai salvar nossas vidas...etc...etc...

Haja blá, blá, blá, haja paciência.

E não tenho nem um pouco.

Um demônio se apossa do meu corpo, cada vez que atendo algum ao telefone.

Baixa o Exu, a Pomba-gira, as piores entidades.(Nem entendo muito de entidades, mas acho que estas são algumas.)

Fico possessa.Fora de mim.

Eles são muito insistentes, prolixos, nunca vão "direto ao ponto".

Parto da premissa que se a coisa fosse boa, porque querem tanto nos convencer a ter essa coisa TÃO boa???

Claro que nós mesmos iríamos à procura desta coisa maravilhosa.Ninguem é bobo.

E quando é, não precisa de nada.Bobo não precisa de nada.Só ser bobo...Oi?

Ontem um destes "operadores de telemarketing" ligou pra minha casa.Queria falar com meu marido. Já havia atendido outras duas vezes, e sempre dando a desculpa que não estava, que viajou.

Mas ontem ele estava, e passei o fone.

Fiquei ouvindo.Não é meu hábito, mas fiquei. Ouvidos alertas.

A criatura oferecia a troca do cartão de crédito por outro, não entendi bem qual era a transação.

Mas desconfiei que era algum tipo de golpe.

Porque tantas perguntas, se já tem nossa ficha cadastral? Temos este cartão há 37 anos,

somos pioneiros em cartões, adquirimos para comprar o enxoval do 1º bebê que eu esperava...

Até nos isentam da anuidade, já. Direito adquirido por tempo de uso.

Ano passado tivemos nossos cartões de crédito clonados, foi uma dor de cabeça, por isso fico sempre "com um pé atras"...

Meu marido, nem sei porque, respondia a todas as perguntas.Foi passando dados, e tudo mais.

Tentei interpelá-lo, avisá-lo que era golpe, que parasse, mas o que ouvi foram gritos para eu me calar, que deixasse ele falar com o operador. E aí vem a "superioridade masculina".

Calei, mas inchei como um sapo cururú provocado.

Ouvia ele dar o nome de pai, mãe, limite de crédito, enderêço,telefone, o capeta.

Meu sangue subia.Nem acreditava que o meu marido, um homem tão inteligente, tão esperto, pudesse estar fazendo isto, sabendo de tanta falcatrua que existe por aí.

Quando ele desligou, foi a minha vez de falar. Soltei o verbo.

Nem precisa dizer que a briga foi "homérica".

Liguei para a central de relacionamento do cartão, e não constava que estivessem substituindo cartões, no momento. Cheguei no meu limite, melhor fazer um café e relaxar.

Agora ficamos apreensivos com o que poderá acontecer, daqui pra frente.

Talvez nada, mesmo assim me preocupa.

Melhor é NUNCA atender esta gente.

Melhor bater-lhes o telefone na cara.

Isso mesmo, ser malcriada, deseducada, estúpida, o que quer que seja.

Porque eles tem uma lábia muito grande, é fácil cair na lábia deles, principalmente se é algum golpista. Ah, estes tem talento nato!

E como saberemos se não é? Ninguem vem com sêlo do INMETRO:"Sou honesto.Pode confiar".

Confie, mas sempre desconfiando.

Oras, tudo bem que é um trabalho, me perdoe os honestos, mas entre os honestos há os "nem tanto", e ficamos à mercê destes tambem.

Melhor não atender. Mandar "pra p...onte que par...tiu", "tomar no seu c...uidado". Sorry!

Se eu tivesse feito isto, teria evitado discussões, preocupações, aborrecimentos.

Mas agora já foi, e não adianta chorar o leite derramado...