quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"ANJO SOLITÁRIO..." (DE LUIZA CAETANO)


...é assim que estou me sentindo hoje...

"ANJO SOLITÁRIO"

No silêncio branco do nevoeiro
destes dias cortados de repulsa
os gritos que não soam
ferem de laminas o meu peito,
e nem sequer me falam de ti.

Apenas o canto dos pássaros
verte papoilas e rosas no silêncio,
que logo se desfolham em pura desolação

E assim me deixo ficar
ancorada neste momento
sem chão nem porto de abrigo

Desencantadamente.

Luiza Caetano, grande poetisa ( e pintora!!) maravilhosa, postou nas páginas do meu Orkut...
Sim, com grande orgulho digo que ela é minha amiga...
...e copiei para cá.
Obrigada, querida, pelo carinho, pela ternura, por sua delicadeza...
...pela poesia, linda, que chega sempre no momento certo.
Parece que escreves para mim...


terça-feira, 27 de outubro de 2009

DESCRENÇA...


Não sou depressiva.
Sempre fui atenta em deixar esta palavra longe do meu cotidiano.
Mas há dias em que a vontade que tenho é de ficar na cama, de lá não sair.
Deixar o rádio ligado em FM...só música...esvaziar a mente.
Pra que acordar, levantar, abrir janelas, deixar o sol entrar...Pra que?
Neste momento estou descrente. De tudo.De todos.Angústia pura.
Sem vontade de ouvir e constatar a velha história, a mesma história de
todo dia:- violência entre os homens (e bota violência nisto! - são verdadeiros
contos de terror) violência à natureza, sacanagem dos politicos, fome, desgraças,
e por aí vai...a lista é "sem fim".
Tomo café da manhã assistindo ao "Bom dia São Paulo", o primeiro jornal do dia.
E aí já começa o indigesto.Haja estômago.Não processo.
É tanta notícia ruim, aliás, é SÓ noticia ruim.E não dá pra ser diferente, porque não
tem muita coisa boa pra se falar, mesmo...
A melhor noticia que ouvi hoje foi de uma tal de Dona Maria, uma nissei, que ganhou um prêmio pelo melhor pastel de feira. Conseguiu me emocionar, pois a alegria dela era tanta,
e com razão, visto que é uma batalhadora.
Chorei com sua alegria.

Por um instante esqueci do assassinato do coordenador do grupo AfroReggae,
Evandro João da Silva,um lider comunitário do Rio de Janeiro, cujo pecado era querer
mudar alguma coisa para melhor nesta "República dos Trouxas".
Nem preciso citar os detalhes, porque todos sabem, que alem de morto, foi roubado pelos policiais (um par de tenis!!!)que viram o crime, deixaram os bandidos fugirem e nem socorreram o infeliz.
A este ponto chegamos.Policia, bandido, fazem um mix, e nós sendo moidos.Trucidados.
Chamar quem, quando estamos acuados? Policia? Ladrão?
Corra, se puder.Ou mate-se.

Por um momento esqueci do assassinato da jovem Bárbara, de 18 anos, pelo namorado, viciado em crack. Ela que era "um anjo na vida dele", que tentava fazê-lo se livrar da droga, acabou sendo vitima dela.Uma insanidade.
Quem controla a droga neste país? - Ninguem. Tudo encenação.
Milhões e milhões são gastos para o combate ao crime organizado, mas este dinheiro cria asas e voa para o bolso dos corruptos de plantão.
E ficamos assim, pagando impostos sem ver retorno de nada, absolutamente nada.

Ficaria o dia todo, aqui, declinando fatos.Uns piores que outros.
Mas basta de mal estar.Não é justo com você, que lê isto.
Alem do mais, já tenho a cabeça bem esquentada.
Não fico impassivel.Não viro o rosto para o outro lado.E sofro.
E me acomete uma enorme tristeza pela impotência de fazer algo para mudar este
estado de coisas. Fazer o quê? Sair batendo panelas, como fazem as argentinas?
Com certeza seria presa, colocada uma camisa de força, e me mandariam para um manicômio.
Acabo sendo mais uma expectadora estupefacta com todos estes fatos que nos põem à reflexão, questionando, até, se vale a pena viver. Aí me afundo.
E precisa de muita dose de otimismo, buscar não sei de onde um alento, para me tirar da concha em que desejo me fechar...


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CONECTADOS NA ALMA



"Li uma vez que receber uma mensagem
por e-mail era bom para melhorar o nosso estado de espírito…
… não sei se isto tem qualquer fundamento científico, mas sei interpretar
meus sentimentos e não tenho dúvidas de que isto é real.
Nos últimos anos tive o privilégio de conhecer pessoas fantásticas que entraram em
minha vida nos mais inesperados momentos.
Trouxeram mensagens de otimismo, qualidade de vida, humor e reflexão…
Recebo todos os dias e-mails de pessoas que se tornaram importantes na minha vida,
pessoas que, por vezes, estão a milhares de quilômetros...
Estou maravilhado com essas pessoas com disposição para serem generosas,
amáveis, enviando mensagens que reconfortam, ajudam e incentivam.
Há pessoas que não gostam de computador, pois ainda não descobriram
as possibilidades que pode proporcionar…
Dirão que esta troca de mensagens não substitui um abraço. É verdade….
Porém, nos últimos tempos, me senti abraçado, muitas vezes,
através das mensagens recebidas...
As pessoas que me enviam poemas, música, humor, fotos e outras mensagens
chamo “amigos virtuais”.
Mas devo dizer que sinto essas pessoas como bem reais, que não têm nada de virtual…
… pois transformam em mensagem e tornam palpável todo o seu afeto...
Como podemos imaginar tal coisa?
Em todo este tempo, alguns apenas me mandaram mensagens ocasionalmente…
Outros já fazem parte da minha agenda e da minha lista de contatos…
… e têm um lugar no meu coração…
Como em tudo na vida, há que saber fazer uso correto desta forma de relacionamento.
Não deveremos nunca renunciar ao contato físico, mas, às vezes, falta-nos tempo…
… outras vezes a distância é enorme.
Por isso, este meio é o mais eficaz para mantermos os nossos contatos com as
pessoas que nos interessam verdadeiramente .
A surpresa de uma mensagem carinhosa que chega carregada de afeto causa
uma verdadeira corrente positiva que pode, em muitos momentos, ser terapêutica.
Em certos momentos, a mensagem parece ter sido feita de propósito para nós…
...como resposta a um mau momento que estamos passando…
Podes ter a certeza de que, quando menos esperas, chegará essa mensagem,
imagem, música ou poema que te fará sentir melhor.
Muitas vezes esperamos receber alguma mensagem amiga e…
...de repente, aí está a mensagem tão desejada.
Poderás dizer que também se recebe muito lixo por e-mail…
… mas não é também assim na nossa vida de cada dia?
O truque está em filtrar e ficar só com o que é positivo.
A nossa função é fazer a seleção daquilo que é efetivamente bom…
Daquilo que nos pode fazer crescer como pessoas, do que nos pode fazer pensar,
refletir, sentir que estamos vivos, amar, saber que estamos neste mundo de passagem,
e que não custa nada fazer feliz o próximo e a nós mesmos.
Toda esta gente passará a ter um lugar garantido na minha vida.
Por vezes será difícil responder a todos com a brevidade desejada… Mas estou convencido de que vale a pena gastarmos um pouco do nosso tempo para repartir carinho apenas com os comandos de “Enviar” ou de “Reenviar”

(Este é texto de um arquivo em pps que recebi hoje de um amigo portuga.
Gostei tanto, mas tanto...achei tão verdadeiro...
A Internet aproxima, mesmo.
Fazemos amizades maravilhosas, eu posso dizer, porque tenho.
E se engana quem diz que é virtual.Não é.
O afeto, o carinho, é verdadeiramente REAL.)

domingo, 25 de outubro de 2009

DECLARAÇÃO DE AMOR


Esta sim, é uma verdadeira declaração de amor...de alguem apaixonado, mesmo!
Ou apaixonada, visto que a autora é uma mulher.
Copiei, para quem quiser copiar e enviar para o objeto da paixão...
Com esta declaração, não há quem resista! É tiro e queda!

Declaração de Amor

Eu te amo do amanhecer ao anoitecer
e mesmo quando durmo,
ainda te amo.
Eu te amo nas três dimensões,
nas quatro luas,
nos quatro elementos,
nas quatro estações,
nos quatro pontos cardeais.
Eu te amo nos cinco sentidos,
nas sete cores do arco-íris,
nas sete notas musicais,
nos doze signos do zodíaco,
em tudo o que existe eu te amo cada vez mais.
Eu te amo na procela e na calmaria,
em todos os josés e marias,
nos infantes,
nos anciãos,
nos amigos,
inimigos ou irmãos...
eu te amo em toda a criação.
Eu te amo no caos aparente ou na mais perfeita estrutura...
eu te amo como o próprio criador ama a sua criatura.
Eu te amo no vento que vem do norte,
na linha do horizonte,
na pequena fonte,
nas nuvens grávidas de chuva...
eu te amo nos meus dias nefastos e nos meus dias de sorte.
Eu te amo na árvore frondosa,
na montanha majestosa,
na pedra preciosa,
nas miríades de estrelas do universo...
eu te amo no pequeno átomo,
na imponderável constelação,
eu te amo para além de qualquer humana compreensão.
Eu te amo na plenitude da lida,
no ocaso da vida... e,
depois que eu me for,
nas lembranças que porventura eu deixar,
hás de encontrar perfumados e palpitantes restos do que foi o meu amor!

Fátima Irene Pinto

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

JOSÉ SARAMAGO


Comprei esta semana e estou a ler o novo livro de José Saramago, "Caim".
Como atéia que sou, adoro quando Saramago aborda estes temas polêmicos.
Não faltam líderes religiosos querendo a cabeça de saramago.
Os cães ladram, mas Saramago passa.

"Em entrevista por e-mail, Saramago explicou que o tema de Caim era uma antiga preocupação, e que não há vínculo direto entre este e a controversa história de Cristo que catapultou-o à fama internacional e consolidou as convicções antirreligiosas do escritor.

Saramago reforçou palavras suas de novembro 2008. Na época, afirmou que a Bíblia não era um livro que se poderia deixar nas mãos de um inocente, pois só conteria maus conselhos, assassinatos, incestos. Agora, segue na pregação: “À Bíblia eu chamaria antes um manual de maus costumes. Não conheço nenhum outro livro em que se mate tanto, em que a crueldade seja norma de comportamento e ato quase natural.”

Deus é xingado em Caim. Esse senhor “rancoroso” admite a culpa pelo crime contra Abel, não hesita em estimular guerras, matar crianças inocentes, punir os bons e fazer com que as pessoas acreditem em situações improváveis. Como é possível um homem embriagado engravidar uma mulher? Como todos os animais do planeta poderiam ter sido representados na Arca de Noé? São algumas das perguntas que Caim se faz ao observar a trama bíblica.

Saramago diz que, por meio dele, tenta expor a “infinita dimensão da estupidez humana”, capaz de acreditar em fábulas como essas. “Curiosamente, não se repara que Deus não fez nada durante a eternidade que precedeu a (su posta) criação do universo. Depois, não se sabe por que nem para que, resolveu fazer um universo. E desde então está outra vez sem fazer nada”, conclui.

Às vésperas de completar 87 anos, Saramago anda numa fase muito produtiva. Depois de Viagem, lançou, em julho, O Caderno, com textos escritos para o blog (blog.josesarama go.org), e já pensa no próximo.

“Simplesmente, ainda te nho algumas coisas para di zer. Talvez com mais urgência porque o fim da minha vida se aproxima. Estou a escrever um novo livro que nada tem que ver com os imediatamente anteriores."


(DA GAZETA DO POVO)

FANTÁSTICO!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

VIVA A COPA 2014! VIVA RIO 2016!!

VIVA EU, VIVA TUDO ! VIVA O CHICO BARRIGUDO!!

Veja como os governantes e sua quadrilha de sanguessugas vão fazer uso
do $$$$ público aqui no Brasil.
Não é ficção, não. É real.E haja reais para sustentar os projetos faraônicos.
Os preços são fictícios...gastam muito mais do que planejam gastar.
O dobro, o triplo...daí pra cima.
E ainda nem se falou da segurança...
...bem, este é outro departamento.
E ficamos com cara de otários, aplaudindo.
Viva o Brasil! Viva o Brasil! Viva Rio!
Mando-os todos pra p...que p...!!
Eles não vão, mas desabafo, pelo menos...

Os Estádios para a copa do mundo no Brasil

Estádio: Jornalista Mário Filho (Maracanã), Rio de Janeiro
Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos
Características do projeto: para a Copa do Mundo de 2014 será construída uma nova cobertura no estádio, um prédio para estacionamento com cerca de 3.500 vagas e outras intervenções para melhorar a visibilidade nas arquibancadas. Além disso, o projeto pode ir além da reforma do estádio, incluindo a requalificação da Quinta da Boa Vista, do Museu de São Cristóvão e a reurbanização dos bairros Maracanã e Tijuca.
Valor estimado da obra: R$ 460 milhões

Estádio: Arena da Baixada, Curitiba
Escritório responsável pelo projeto: Vigliecca Associados
Características do projeto: considerado o estádio mais moderno do Brasil atualmente, a arena receberá poucas modificações para a Copa de 2014. Entre elas, o aumento da capacidade de 21 mil para 41 mil torcedores, alterações na cobertura, melhoria da iluminação, eliminação de pontos cegos e dos fossos e a abertura de novas saídas, nas esquinas do estádio.
Valor estimado da obra: R$ 140 milhões

Estádio: Cidade da Copa, Recife
Arquiteto responsável pelo projeto: não divulgado pelo Governo de Pernambuco
Características do projeto: prevê a construção de um estádio com capacidade para 46.154 lugares, um conjunto habitacional, um centro comercial e hotel.
Valor estimado do estádio com infra-estrutura: R$ 1,6 bilhão


Estádio: Arena das Dunas, Natal
Escritórios responsáveis pelo projeto: escritório brasileiro Coutinho, Diegues e Cordeiro Arquitetos em parceria com o escritório inglês Populus
Características do projeto: para dar lugar ao novo estádio, o atual Machadão e o Centro Administrativo serão demolidos. O projeto da Arena das Dunas prevê a completa reurbanização do local, com a implantação do novo estádio para os jogos e de um complexo formado por uma arena multiuso, hotéis, teatro, estacionamento para seis mil veículos, prédios comerciais e um shopping, além dos novos Centros Administrativos do Estado e do município.
Valor estimado da obra: R$ 300 milhões

Estádio: Otávio Mangabeira (Fonte Nova), Salvador
Arquitetos responsáveis pelo projeto: Marc Duwe e Claas Schulitz (Schulitz+Partner Architekten)
Características do projeto: por conta das más condições do edifício, praticamente todo o estádio será reformado, desde a reformulação das arquibancadas, a instalação de cobertura e a adequação dos espaços para imprensa e áreas vip até a restauração das instalações hidráulicas e elétricas. O projeto só vai manter a forma de ferradura do estádio, com a abertura que dá para o lado sul, para o dique do Tororó.
Valor estimado da obra: R$ 231 milhões

Estádio: Governador José Fragelli (Verdão), Cuiabá (MT)
Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos
Características do projeto: as principais intervenções serão a criação de um grande parque ao redor do estádio, a diminuição da capacidade para 48 mil torcedores e a construção de uma área com camarotes, tribuna de honra e gabinetes de imprensa.
Valor estimado da obra: R$ 350 milhões


Estádio: Governador Magalhães Pinto (Mineirão), Belo Horizonte
Escritórios responsáveis pelo projeto: Gerkan Marg & Partner (GMP) e Gustavo Penna Arquiteto & Associados
Características do projeto: o estádio será transformado em um complexo cultural, esportivo e de lazer. No interior do estádio, as maiores intervenções serão o rebaixamento do gramado em 3,5 metros , a construção de camarotes e de uma cobertura feita de metal e membranas de policarbonato para a arquibancada. O projeto ainda prevê pavimentos subterrâneos com espaço para shoppings, centros comerciais, área de eventos, equipamentos culturais, hotéis e estacionamentos.
Valor estimado da obra: não divulgado

Estádio: Estádio José Pinheiro Borda (Beira-Rio), Porto Alegre
Arquitetos responsáveis pelo projeto: Fernando Balvedi, Gabriel Garcia e Maurício Santos da Hype Studio
Características do projeto: com a reforma já iniciada, o projeto procura aproveitar ao máximo a estrutura já existente do estádio. Entre as poucas intervenções, estão a cobertura do complexo, a reforma e ampliação da arquibancada inferior, construção de camarotes e reformulação interna (administração, tribuna principal, restaurantes etc). A capacidade será aumentada de 56 mil para 60 mil lugares.
Valor estimado da obra: R$ 150 milhões

Estádio: Mané Garrincha, Brasília
Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos
Características do projeto: o estádio Mané Garrincha deixará de ser olímpico para se tornar uma arena multiuso. Apenas a fachada e a arquibancada superior originais serão mantidas. O novo projeto prevê uma cobertura de tensoestrutura sobre as arquibancadas, estacionamentos e áreas de apoio, vestiários, central médica, lojas e outros empreendimentos. A capacidade será de 60 mil lugares aos torcedores e 10 mil à imprensa, personalidades, staff e convidados.
Valor estimado da obra: R$ 522 milhões

Estádio: Governador Plácido Castelo (Castelão), Fortaleza
Escritório responsável pelo projeto: não divulgado pelo Governo do Ceará
Características do projeto: as principais obras previstas para o estádio são a cobertura de todos os assentos, a construção de um estacionamento subterrâneo com 4.200 vagas e aproximação da arquibancada inferior, em 20 metros , em relação ao campo. Por isso, a capacidade do estádio diminuirá de 58,3 mil para 50 mil torcedores. Além disso, o projeto prevê uma nova área com shopping, cinemas, restaurantes e hotel. Os detalhes do projeto serão divulgados após o término da licitação da obra.
Valor estimado da obra: R$ 300 milhões

Estádio: Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), São Paulo
Arquiteto responsável pelo projeto: Ruy Ohtake
Características do projeto: o novo estádio do São Paulo Futebol Clube será reformado e receberá um novo centro de imprensa, uma redação para jornalistas, novas salas VIP e vestiários. Na parte externa, será construída uma cobertura sob as arquibancadas nas cores branco e vermelho. A capacidade será reduzida de 75 mil para 62 mil lugares para atender aos padrões da FIFA. O projeto ainda prevê um edifício-garagem para 4.800 carros.
Valor estimado da obra: inicialmente em R$ 180 milhões, mas pode haver alteração


Estádio: Vivaldo Lima (Vivaldão), Manaus
Escritório responsável pelo projeto: o alemão Gerkan Marg und Partner (GMP)
Características do projeto: o atual estádio será demolido para dar lugar à nova arena do Vivaldão. O projeto prevê um teto retrátil e a cobertura será feita de forma a simular um cesto de palha e as escamas de répteis para lembrar a fauna amazônica.
Valor estimado da obra: R$ 500 milhões

(este até parece um Bolo de Baunilha com Chocolate...rsrsrs)

Quem quer bolo aí?
Calma, calma, o bolo é do rei!!
E o rei tem fome, não vai dividir com a plebe, não.
Banana procê!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CONGRESSO BRASILEIRO

Definição do Congresso Brasileiro
“Se gradear vira zoológico...
...se murar vira presídio,
...se botar lanterna vermelha vira puteiro...

...se cobrir com lona vira circo...

...e se der a descarga não sobra ninguém”

(por JOSÉ SIMÃO)


terça-feira, 20 de outubro de 2009

A EPIDEMIA MORAL


Lya Luft traduz, neste texto, meu pensamento.Faço minhas todas as suas palavras.

Para mim, escrever é sempre questionar, não importa se estou escrevendo um romance, um poema, um artigo. Como ficcionista, meu espaço de trabalho é o drama humano: palco, cenário, bastidores e os mais variados personagens com os quais invento histórias de magia ou desespero. Como colunista, observo e comento a realidade. O quadro não anda muito animador, embora na crise mundial o Brasil pareça estar se saindo melhor que a maioria dos países. De tirar o chapéu, se isso se concretizar e perdurar. Do ponto de vista da moralidade, por outro lado, até em instituições públicas que julgávamos venerandas, a cada dia há um novo espanto. Não por obra de todos os que lá foram colocados (por nós), mas o que ficamos sabendo é difícil de acreditar. Teríamos de andar feito o velho filósofo grego Diógenes, que percorria as ruas em dia claro com uma lanterna na mão. Questionado, respondia procurar um homem honrado.

Vamos ter de sair aos bandos, aos magotes, catando essa figura, não uma, mas multidões delas, para consertar isso, que parece não ter arrumação? Se os homens nos quais confiamos, em seus cargos importantes, já não servem de modelo, devemos dizer aos nossos filhos e netos que não olhem para aquele lado nem os imitem? O Senado da República, só para citar um caso atual, teve sua maior importância em Roma, a antiga, e se originou nos milenares conselhos de anciãos, ou homens sábios e meritórios de tempos remotos. O Senado Romano também não era um congresso de santos: até Brutus ali tramava, ocultando nas vestes o punhal com que mataria Júlio Cesar, seu protetor. Afinal eram – e são – todos apenas humanos, e o problema sempre começa aí. A noção idealizada de um grupo de homens virtuosos liderando tornou-se mais realista, levando em conta as nossas mazelas. E daí? – dirão os mais céticos. Toda família tem seu esqueleto no armário, todo povo também: houve papas assassinos e mulherengos, reis dementes, rainhas devassas, e alguns normaizinhos, que só buscavam cumprir seus deveres e cuidar da sua gente sem prejudicar ninguém.

Eu queria preservar a imagem dos homens públicos como uma estirpe vagamente nobre, em cargos solenes, que lutariam pelo país ou por sua comunidade, por nós todos, buscando antes de tudo o bem dos que neles confiaram. Em caso de dúvida ou perplexidade, a gente olharia para eles e saberia como agir. Mas, como de um lado nos tornamos mais abertamente corruptos e de outro estamos mais condescendentes, instalou-se entre nós uma epidemia moral. Se fomos criados acreditando que o importante não é ter poder, mas ser uma pessoa honrada, estamos mal-arranjados. Pois, na vida pública, não malbaratar o dinheiro, não fazer jogos de poder ilícitos, não participar das tramas, ficar fora da dança dos rabos presos em que todos se protegem, virou quase uma excentricidade. Quem sabe o jeito é engolir sapos inaceitáveis: fim para o idealismo, treinem-se um olho clínico e cínico, enchendo bolsos e esvaziando pudores na permissividade geral que questiona o velho conceito de certo-errado. Talvez ele não passe de uma ilusão envelhecida, para sobreviver em vez de afundar. Não sei. A cada dia sei menos coisas. Antigas certezas se diluem: calejados pelas decepções, vacinados contra a indignação, não sabemos direito o que pensar. Então não pensamos.

A sorte é que apesar de tudo o país anda, a grande maioria de nós labuta na sua vidinha, trabalhando, pagando contas, construindo casas e ruas e pontes e amores e famílias legais. Lutando para ser pessoas decentes, as que carregam nas costas o mundo de verdade. É a nós – o povo, independentemente da cor, da chamada classe, da conta bancária ou do lugar onde mora – que os ocupantes de cargos públicos devem servir. Nós os elegemos e pagamos (coisa que nosso lado servil costuma esquecer), e não podemos ser contaminados por essa epidemia contra a qual não há vacina, mas para a qual é preciso urgentemente encontrar alguma cura. Enquanto ela não chega, mais uma vez eu digo: meus pêsames, senhores.

(Texto de Lya Luft, escritora, cronista da Veja.)