quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PLANOS...PLANOS...

PLANOS...

É ruim sentir falta, não é mesmo? Sentir falta de alguém que a gente não voltará a ter. Falta de alguém que a gente nem teve ainda.

Os planos é que acabam com tudo, porque estão incluídos com todas as coisas que perdemos quando um amor se vai. Assim a dor se torna maior, a perda se torna maior, as noites teimam em ser mais longas.

Devíamos viver sem perspectivas para o futuro, sem imaginar demais, sem planejar demais e assim, quem sabe, viveríamos com mais intensidade os momentos que nos são permitidos. E as lembranças, no fim, ficariam mais vibrantes, mais detalhadas. Sinto falta também justamente disso: de não conseguir arquivar as memórias com todos os detalhes.

Memória devia guardar não somente “male mal” a imagem, mas também o odor, o gosto, o tato, o vento, o peso. Lembrança devia ser coisa mais viva, mais real.

E se fosse, eu juro, que eu me tornaria uma cega por opção. Eu ia deitar em uma rede, de frente para o mar inteiro, fechar meus olhos e viver dali pra frente só das coisas que vivi, de todas as lembranças que todo dia lembro para nem pensar em esquecer.

(texto do diário de Cáh Morandi, minha escritorazinha querida...!!! Grandiosa!!!)

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